O que está por de traz da nossa individualidade?

25/08/2021

Provavelmente você já se perguntou por que as pessoas são tão diferentes? Por que algumas são tímidas (introversivas) ou extroversivas? 

A resposta a essa indagação a princípio poderia estar na genética e na constituição portanto dos nossos genes, porém se você for pesquisar a fundo descobrirá que a diferença no DNA de cada pessoa varia apenas 0,1%, já há compatibilidade entre os seres humanos e algumas espécies de macacos a diferença é de 2%, ou de uma simples banana 50%. (fonte:https://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2013/07/12/humanos-animais-e-plantas-compartilham-partes-do-dna.htm?foto=13)

Logo geneticamente a individualidade representa 0,1% de todo código genético.

Contudo, estudos comprovaram que além dessa pequena distinção genética outro fator que contribui para o desenvolvimento de nossas peculiaridades é o meio ambiente e a forma que ele interfere em nosso desenvolvimento, ativando determinados genes que em outros ambientes poderiam ficar desativados.

Segundo a Professora Sonia del Nero (Conflitos Psíquicos, Editora Vetor, 2003 p.28) mesmo que uma criança não trouxer em sua bagagem genética níveis intelectuais brilhantes mas viver em um ambiente que a estimule a desenvolver esse lado menos favorecido, seguramente ela poderá atingir níveis intelectuais bastante satisfatórios.

Do mesmo modo pesquisa realizada com crianças institucionalizadas em busca de um lar comprovou através de tomografias que os cérebros daquelas crianças diferenciavam-se das demais, hipotetizando que a falta de contato familiar e estímulos, por sua vez, também causam danos cerebrais, resultando inclusive em um tamanho menor de seus cérebros. (fonte:https://www.bbc.com/portuguese/geral-51032586)

Logo, comprovou-se que a nossa individualidade ou personalidade é constituída pela correlação entre a genética, ambiente, mas também das relações sociais que experimentamos, constituindo assim uma composição biopsicosocial.

No início de nossas vidas nossa constituição ainda em formação busca única e exclusivamente o prazer a satisfação de nossas necessidades básicas por comida, sono ou necessidades fisiológicas. Na visão da psicanálise a na estruturação da mente desenvolvida por Freud podemos dizer que nessa primeira etapa e nessa constante busca do prazer, estariamos na fase do ID. 

Somente com o passar do tempo e de nosso desenvolvimento, passamos a constituir outras estruturas psiquicas para mediar nossas vontades e os valores morais que aprendemos junto a sociedde (EGO e SUPEREGO), enquanto o EGO faz a mediação entre o desejo (ID) e a realidade, o Superego, por sua vez, controla o EGO, através da consciência mora e  auto-observação. 

Na medida em que o contato dessa criança com a realidade externa vai se intensificando o EGO vai aos poucos se desenvolvendo e se organizando, intensificando e assim permite que a criança passe a perceber que ela se existe em um mundo com outras pessoas, que o mundo não gira apenas em torno dela.